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Professor por profissão e idealismo. Discípulo de Jesus, um aprendente...

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Mãos dadas, de Carlos Drummond de Andrade

    Mãos dadas

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.

O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.


Autopsicografia, de Fernando Pessoa

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Livre-se do excesso

Muito Interessante esse texto e nos chama à atenção para aliviarmos nossas "cargas".

Sua casa, armários e despensa, e inclusive o carro, estão repletos de
caixas cheias de coisas que não servem mais para nada, mas que você
ainda guarda por via das dúvidas, ou estão transbordando de coisas que
não usa há muito tempo, até mesmo desde quando as comprou?

O estilo de vida consumista nos leva continuamente a comprar e acumular
cada vez mais coisas, mas, em vez de trazer felicidade, como prometem os
anúncios de publicidade e os vendedores, muitas vezes os objetos que nos
cercam, mas que não usamos, terminam complicando a vida.

"Menos é mais", diz um anônimo, mas sábio, ditado popular. A procura por
qualquer livro, documento, ferramenta ou um número de telefone pode ser
um desafio como encontrar uma agulha no palheiro quando o ambiente está
abarrotado de coisas.

Desfazer-se do que não é mais útil requer esforço, assim como escolher
que coisas ainda servem e quais não. Mas é só lembrar a satisfação de
quando se livrou de algo que pensava que nunca poderia jogar fora ou
dar. Foi como se tirasse um peso do coração!

É possível receber os benefícios sem antes deixar um vazio? Segundo a
especialista Dominique Loreau, autora do livro "L´art de La Simplicité"
(A arte da simplicidade), isso não só é possível, mas o ideal para levar
uma vida baseada na simplicidade e na beleza.

Ao longo de seus anos de vida e estudo da filosofia zen no Japão, Loreau
descobriu que a simplicidade enriquece a vida, liberando-a de
preconceitos e restrições, e pode se refletir em cada uma das facetas de
nossa existência.

Austeridade nas compras, simplicidade nas roupas, clareza nos
pensamentos, frugalidade na alimentação. A simplicidade consiste em ter
pouco para encontrar a liberdade de chegar ao essencial. Isso se traduz
em elegância, bem-estar, serenidade e beleza. Algumas propostas podem
ajudar a seguir esse caminho:


# Busque o minimalismo confortável: Sua casa deve ser um local de descanso
e refúgio, onde cada objeto deve ter sua utilidade. Faça uma lista do
que você realmente precisa e do que é simplesmente decorativo e não
serve para nada. Desfaça-se do que não tem serventia. Há elementos de
caráter emocional, como as fotos de familiares e amigos, mas não é
preciso abarrotar a casa com elas por todas as partes.
# Pense duas vezes antes de comprar alguma coisa: Quando for adquirir
algo, reflita por alguns instantes se realmente terá alguma utilidade ou
se está comprando puramente por questões estéticas.
# Fuja das modas passageiras: Em vez de encher o guarda-roupa (e esvaziar
os bolsos) com roupas que só vai vestir por um ano e depois sairá de
moda, escolha roupas de boa qualidade e que não ficarão defasadas
rapidamente, para que dure mais tempo. É preferível ter uma peça do que
três que estragarão após a primeira lavagem.
# Pergunte a si mesmo se precisa de alguma coisa: Antes de guardar alguma
coisa, pergunte-se: "por que estou guardando isso? Para que serve?". O
mesmo se aplica às coisas que você já tem guardadas: se chegar à
conclusão de que não servem mais, dê de presente ou se desfaça delas sem
remorso.


Por Daniel Galilea
Efe-Reportagens

Sugestões de Livros para apoio ao trabalho com Produção de Textos:

Posto aqui, sugestão de livros para auxiliá-lo no trabalho com leitura e Produção de Textos. São livros que trazem propostas valiosas. Talvez até já conheçam alguns deles.  

1. O texto na Sala de Aula. Autor: João Wanderley Geraldi. Ed. ASSOESTE. 
2. Escrever é Desvendar o Mundo (A Linguagem Criadora e o Pensamento Lógico. Autor: Severino Antônio M. Barbosa e Emília Amaral. Coleção Educar Aprendendo. Editora Papirus. 
3. Cem Aulas Sem Tédio - Língua Portuguesa. Autores: Antônio Falceta, Lígia Mathes, Vanessa amorim e Vivian Magalhães. Editora Instituto Padre Reus. 
4. Escrever é Divertido. Autor: Simão de Miranda. Papirus Editora. 
5. Oficina de Dinâmica de Grupos - Para Empresas, Escolas e Grupos Comunitários. Autor: Simão de Miranda. Papirus Editora. 
6.Do Fascínio do jogo à alegria de aprender nas séries iniciais. Autor: Simão de Miranda. Papirus Editora. 

Espero que lhes possam ser úteis.  

Um grande abraço.  

Saulo.

Desagravo a Paulo Freire

Carta a um amigo sobre a reportagem que se refere à ofensa a Paulo Freire e a resposta da viúva deste

 Escrito em 15/10/2008

Só hoje, dia 16/10 pude ler esta matéria, do texto abaixo, sobre a crítica a Paulo Freire, e  que você me enviou.  Agradeço muito.  E agradeço por saber que não estou só, pois me sinto um desprovido de propriedades pensantes quando pego de uma revista veja... coisa que no passado não ocorria, mas essa revistinha passou a atender aos interesses de oligárquicos e gêneros afins, aos quais ela se vende e de quem se apresenta como meio de comunicação e de perpetuação de misérias e mazelas.  Tudo que de bom é feito atualmente nesse país, se tiver uma conotação de  realização não neoliberal, em que pese uma nova realidade em que estamos vivendo (dizem que não há diferença nenhuma, e não há mais cor na ideologia... ótimo – então por que os questionamentos?).

Mas, a meu ver a elite quer destroçar tudo o que é e pode ser feito para valorizar o que se constrói em favor de classes menos favorecidas. Está aí, o caso de Paulo Freire... Puxa... quem ousa dizer mal e desfazer de Paulo Freire, ou é doido, nunca o leu (deve ser o caso dessas repórteres... ) ou somente ouviu falar (e mal) desse grande educador, que , atualmente, é traduzido em cerca de 30 países...

 Ou seja: Esses brasileiros(as) que se acham no direito de desprestigiar um de seus maiores representantes  da educação, só entende uma coisa: Esse países que o traduziram são loucos, malucos e só valorizam o que não presta, o que se joga fora...

 Quero dizer, então,  duas coisas:  em épocas diferentes me mantiveram vivo, alerta e disposto a me manter ainda mais na Educação e conservar vivo o meu sonho: Primeiro foram as leituras que fiz de Paulo Freire – suas idéias me contagiaram de início, no ano de 1987, e me fizeram ver que a Educação era algo vivo, e eu podia acreditar ainda mais no meu papel de Professor e Educador. Segundo, como forma de sobrevivência nesse mundo glo(bo)balizado – não tive escolha, a informática teve um papel importante para se estabelecer um ponte com o conhecimento armazenado e retransmitido a quantos o acessassem na internet, bem como outras formas de interação informatizadas.

Mas, o papel da informática nada vale, se não houver um interação, uma  compreensão de que estou interagindo com pessoas, e assim, revisito, releio, revivo, recobro, renasço e sobrevivo com as idéias de Paulo Freire, ao lembrar-me que a educação não deve ser "bancária", mas viva, participativa, interativa, e valorizada com a construção do conhecimento, coletivamente, dialogicamente, uma espécie de maiêutica socrática – metodologia esta que os jornalistas de feição  neoliberal e mercadejadora de Veja jamais irão perceber. A única coisa a que chamam de tese é o desafio de seus patrões de saírem às ruas e comprovar uma idéia, por exemplo, de que o Brasil teve o pior educador, ou que o Brasil vai mal, seja na Economia, seja na Educação.

Veja – para seus diretores, aliados dos poderosos (financeiramente), descendentes dos tiranos e da dinastia do "Café-com-Leite", hoje, na sua mais nova conformação de formato do "Latifúndio-com-Vaca-e-Estilo-Classe-Eco-A" (Classe Econômica Alta), não aceita jamais a idéia de que haja ascensão social neste Brasil, tão sofrido e que tanto tempo esperou por alguma melhora.

Com certeza, a Educação teria também que ser atacada por veja.... pois tudo o que é  povo, ela ataca.

Paulo Freire foi essa insígnia, esse símbolo maior da Educação que quis alcançar  o que muitos, neste País, não quiseram tocar.

 Grato pela mensagem e pela oportunidade de repensar e de me afirmar como Professor e como Educador – pois essa é uma das áreas de que mais se precisa de pessoas convictas neste País. Deus queira que surjam mais... Quanto a salário, diriam essas jornalistas, representando pessoas de mesmo quilate e de mesmo perfil: Professor não precisa de dinheiro....

 Ah, sim: Já deixei de ler Veja há umas duas décadas. Não encontro mais a alegria de ler notícias com gosto de coisas novas e de análise crítica e que contribuam para a minha reflexão e crescimento.

 Um grande abraço.

 Saulo A. Ferreira.

Professor da Secretaria de Estado de Educação do DF

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VIÚVA DE PAULO FREIRE ESCREVE CARTA  DE REPÚDIO À REVISTA VEJA

 Atualizado em 12 de setembro de 2008 às 10:46 | Publicado em 12 de setembro de 2008 às 10:38

 por CONCEIÇÃO LEMES: Na edição de 20 de agosto de 2008, a revista Veja publicou a reportagem O que estão ensinando a ele? De autoria de Monica Weinberg e Camila Pereira , ela foi baseada em pesquisa sobre qualidade do ensino no Brasil. Lá pelas tantas há o seguinte trecho:

'Muitos professores brasileiros se encantam com personagens que em classe mereceriam um tratamento mais crítico, como o guerrilheiro argentino Che Guevara, que na pesquisa aparece com 86% de citações positivas, 14% de neutras e zero, nenhum ponto negativo. Ou idolatram personagens arcanos sem contribuição efetiva à civilização ocidental, como o educador Paulo Freire, autor de um método de doutrinação esquerdista disfarçado de alfabetização. Entre os professores ouvidos na pesquisa, Freire goleia o físico teórico alemão Albert Einstein, talvez o maior gênio da história da humanidade. Paulo Freire 29 x 6 Einstein. Só isso já seria evidência suficiente de que se está diante de uma distorção gigantesca das prioridades educacionais dos senhores docentes, de uma deformação no espaço-tempo tão poderosa, que talvez ajude a explicar o fato de eles viverem no passado'.

Curiosamente, entre os especialistas consultados está o filósofo Roberto Romano, professor da Unicamp. Ele é o autor de um artigo publicado na Folha, em 1990, cujo título é Ceausescu no Ibirapuera. Sem citar o Paulo Freire, ele fala do Paulo Freire. É uma tática de agredir sem assumir. Na época Paulo, era secretário de Educação da prefeita Luiza Erundina.

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Diante disso a viúva de Paulo Freire, Nita, escreveu a seguinte carta de repúdio:

'Como educadora, historiadora, ex-professora da PUC e da Cátedra Paulo Freire e viúva do maior educador brasileiro PAULO FREIRE -- e um dos maiores de toda a história da humanidade --, quero registrar minha mais profunda indignação e repúdio ao tipo de jornalismo, que, a cada semana a revista VEJA oferece às pessoas ingênuas ou mal intencionadas de nosso país. Não a leio por princípio, mas ouço comentários sobre sua postura danosa através do jornalismo crítico. Não proclama sua opção em favor dos poderosos e endinheirados da direita, mas , camufladamente, age em nome do reacionarismo desta.

Esta vem sendo a constante desta revista desde longa data: enodoar pessoas as quais todos nós brasileiros deveríamos nos orgulhar. Paulo, que dedicou seus 75 anos de vida lutando por um Brasil melhor, mais bonito e mais justo, não é o único alvo deles. Nem esta é a primeira vez que o atacam. Quando da morte de meu marido, em 1997, o obituário da revista em questão não lamentou a sua morte, como fizeram todos os outros órgãos da imprensa escrita, falada e televisiva do mundo, apenas reproduziu parte de críticas anteriores a ele feitas.

A matéria publicada no n. 2074, de 20/08/08, conta, lamentavelmente com o apoio do filósofo Roberto Romano que escreve sobre ética, certamente em favor da ética do mercado, contra a ética da vida criada por Paulo. Esta não é, aliás, sua primeira investida sobre alguém que é conhecido no mundo por sua conduta ética verdadeiramente humanista.

Inadmissivelmente, a matéria é elaborada por duas mulheres, que, certamente para se sentirem e serem parceiras do "filósofo" e aceitas pelos neoliberais desvirtuam o papel do feminino na sociedade brasileira atual. Com linguagem grosseira, rasteira e irresponsável, elas se filiam à mesma linha de opção política do primeiro, falam em favor da ética do mercado, que tem como premissa miserabilizar os mais pobres e os mais fracos do mundo, embora para desgosto deles, estamos conseguindo, no Brasil, superar esse sonho macabro reacionário.

Superação realizada não só pela política federal de extinção da pobreza, mas , sobretudo pelo trabalho de meu marido - na qual esta política de distribuição da renda se baseou - que demonstrou ao mundo que todos e todas somos sujeitos da história e não apenas objeto dela. Nas 12 páginas, nas quais proliferam um civismo às avessas e a má apreensão da realidade, os participantes e as autoras da matéria dão continuidade às práticas autoritárias, fascistas, retrógradas da cata às bruxas dos anos 50 e da ótica de subversão encontrada em todo ato humanista no nefasto período da Ditadura Militar.

Para satisfazer parte da elite inescrupulosa e de uma classe média brasileira medíocre que tem a Veja como seu "Norte" e "Bíblia", esta matéria revela quase tão somente temerem as idéias de um homem humilde, que conheceu a fome dos nordestinos, e que na sua altivez e dignidade restaurou a esperança no Brasil. Apavorada com o que Paulo plantou, com sacrifício e inteligência, a Veja quer torná-lo insignificante e os e as que a fazem vendendo a sua força de trabalho, pensam que podem a qualquer custo, eliminar do espaço escolar o que há de mais importante na educação das crianças, jovens e adultos: o pensar e a formação da cidadania de todas as pessoas de nosso país, independentemente de sua classe social, etnia, gênero, idade ou religião.

Querendo diminuí-lo e ofendê-lo, contraditoriamente a revista Veja nos dá o direito de concluir que os pais, alunos e educadores escutaram a voz de Paulo, a validando e praticando. Portanto, a sociedade brasileira está no caminho certo para a construção da autêntica democracia. Querendo diminuí-lo e ofendê-lo, contraditoriamente a revista Veja nos dá o direito de proclamar que Paulo Freire Vive!

São Paulo, 11 de setembro de 2008

Ana Maria Araújo Freire'.

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Comentário de um amigo, que também se sentiu chocado com a caluniosa reportagem:

 Não resisti a fazer o seguinte comentário:

Não costumo escrever-repassar críticas às reportagens produzidas pela revista Veja, até porque não assino e nem leio. Não gosto, nivela por baixo e padroniza a inteligência de seus leitores com sua habitual linguagem e "profundidade" na abordagem de temas mais delicados e polêmicos de uma forma ligeira. É quando a des-informação ocupa em nosso cérebro, confortavelmente, o espaço da ilusão da informação em seu sentido mais alienante. Na extensão de páginas e páginas, uma matéria pode parecer abarcar tudo mas, ao final, quase sempre, tudo tem o mesmo sabor igual e inócuo do imobilismo do pensamento e da ação. Não muda nada de susbstancial em nossas consciências e em nossa vda. A não ser tornar-nos mais passivos dessa informação, talvez este o seu objetivo. Schopenhauer disse que, quando lemos, o escritor já se deu ao trabalho de pensar por nós, apenas acompanhamos a posteriori um pensamento desenvolvido por ele. Concluo, então, que é melhor não ler pensamentos que, por princípio, forjaram-se ou na intenção deliberada de uma informação distorcida, ou na preguiça de um aprofundamento maior. Como quando vemos TV, o cérebro não funciona, mais que nada descança. Se não o estimulamos de outra forma, atrofia.

 

Até mesmos as colunas de frivolidades carecem dessa atenção e cuidado. Podem, inclusive, ascender a um grau de qualidade de informação que enriquece as notícias do mundo privado (das celebridades, por exemplo,algumas delas legítimas) tornando-as mais que curiosas para o mundo público, exemplares.

 

O mais importante, entretanto, é que a mídia se mantenha na posição de um mínimo de isenção e respeito às idéias divergentes, concedendo direito de voz a todos os lados acessíveis da questão e sendo escrupulosa na revisão de princípios e valores já sedimentados em nossa sócio-cultura. Não pode ser tendenciosa - pior quando ostensivamente - na defesa de uma idéia moral, política ou religiosa, em favor ou contra um governo, etc. Deve-se manter, na medida do possível, na linha divisória do discernimento necessário ao julgamento mais justo possível, ter - e demonstrar para seus leitores - seu cuidado com a veracidade e idoneidade da informação que veicula, suas fontes. O prestígio de revistas como The Economist, além da escolha de seus assuntos, também foi conquistado por essa preocupação de seus editores. Reservar espaço restrito em Cartas dos leitores a manifestações de indignação com o desrespeito a esse princípios não é suficiente. O crime da informação irresponsável já foi cometido.

 

Todas as denúncias contra a Veja que me chegam são de infração desses princípios por um veículo de informação que não mede esforços para colocar seus interesses - ou de quem quer que seja que os financie - acima do bem comum.

 

Infelizmente, recebi mais esta mensagem e fiquei indignado. Digo infelizmente porque se a Veja disse isso, deve estar pior - e mais perigosa - do que eu poderia imaginar! Uma matéria-lixo como essa, comentada a seguir, deveria ser alvo de repúdio nacional. Afinal, o espaço concedido pelo mercado à grande imprensa na difusão de fatos quando não há respeito e consideração pela legitimidade desses mesmos fatos, tampouco dignidade ética no trabalho jornalístico, ameaça nossa fé na própria liberdade de expressão. E este é o bem maior a se proteger e defender, depois de tantos anos de ditadura e males causados (com a indispensável ajuda da mídia) a pelo menos duas gerações da sociedade brasileira, que ainda nos custa tanto reparar.

Chega dessa imprensa imoral e despudorada.