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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

MÍDIA-EDUCAÇÃO (Resumo por Maria Luiza Beloni)

RESUMO DO LIVRO:
O QUE É MÍDIA NA EDUCAÇÃO? POLÊMICAS DO NOSSO TEMPO

Maria Luiza Beloni

Neste livro Belloni trata de como funciona a autodidaxia para adequar métodos e estratégias de ensino e assegurar que não se percam de vista as finalidades maiores da educação, ou seja, formar o cidadão competente para a vida em sociedade o que inclui a apropriação crítica e criativa de todos os recursos técnicos que estão à disposição desta sociedade.
Mc Luhan há 40 anos lançou o desafio “o meio é a mensagem”, refutando assim a tese da neutralidade do meio tecnológico ao transmitir a mensagem. Apontando assim para a tese que hoje é aceita que chamamos “linguagens das mídias eletrônicas”.
Hoje percebemos a influência dessas Tecnologias de Informação e Comunicação TIC nas pessoas, sobre os processos e nas instituições sociais.
Uma questão crucial formulada por Belloni é: como poderá a escola contribuir para que todas as nossas crianças se tornem utilizadoras (usuárias) criativas e críticas destas novas ferramentas e não meras consumidoras compulsivas de representações novas de velhos clichês?
A instituição escolar poderá responder a esse desafio integrando as tecnologias de informação e comunicação ao cotidiano da escola na sala de aula, de modo criativo, competente. Isto exige investimentos significativos e transformações profundas e radicais em: formação de professores; pesquisa voltada para metodologias de ensino; nos modos de seleção, aquisição e acessibilidade de equipamentos; materiais didáticos e pedagógicos, além de muita, muita criatividade.
Novos desafios são lançados para o professor onde o mesmo terá que aprender a trabalhar em equipe e a transitar com facilidade em muitas áreas disciplinares. Será imprescindível quebrar o isolamento da sala de aula convencional e assumir funções novas e diferenciadas.
O papel de mediador entre meios de comunicação e realidade cabe a diferentes agentes presentes nas vidas das crianças, a começar pelos pais. É na família que a mediação deveria acontecer diretamente, visto ser no aconchego do lar que, normalmente, ocorre a recepção das mensagens comunicacionais.
Cabe também à escola este papel de mediador e formador do espectador crítico. A própria Belloni, entretanto, coloca em seu artigo que a variação dos universos de socialização das crianças e os diferentes papéis que eles exercem: “Enquanto a família, a classe social, o bairro, os grupos de pares, e às vezes, a religião são fatores de diferenciação das crianças face ao processo de socialização, a escola e a mídia funcionam como fatores de unificação, cuja finalidade é assegurar o consenso em torno de valores e normas supostamente aceitos.” (p. 34)

A escola que tem condições teóricas e práticas de executar a tarefa de educação para as mídias. “Como depositária do espírito crítico, responsável pela elaboração das aprendizagens e pela coerência da informação, a escola detém a legitimidade cultural e as condições práticas de ensinar a lucidez às novas gerações.”(p.41)
O que se destaca é a necessidade de integrar os meios de comunicação à escola, tanto como instrumento, quanto como objeto de estudo, considerando a nova linguagem e forma de expressão que eles introduzem no universo infantil, principalmente a televisão.
O problema consiste nas condições materiais e técnicas e no preparo de professores para esta tarefa. É considerável a responsabilidade dos sistemas educativos em relação a esse novo desafio que é formar os educadores para essa nova tarefa que é desenvolver disciplinas que são as ciências da informação e comunicação.
Quando focamos para a escola pública observamos que essa desigualdade é ainda maior ela oferece ensino de segunda classe, desempenhando seu papel na reprodução das desigualdades sociais onde deveria era desempenhar o papel de escola transformadora, que integra todos os recursos tecnológicos à disposição do homem contemporâneo, numa perspectiva inovadora e igualitária. Belloni encerra dizendo que: uma simples introdução de um suporte tecnológico não significa inovação educacional. Esta só ocorrerá quando houver transformação nas metodologias de ensino e nas próprias finalidades da educação.