Quem sou eu

Minha foto
Professor por profissão e idealismo. Discípulo de Jesus, um aprendente...

sábado, 6 de dezembro de 2008

DEUS É CULPADO?

Finalmente a verdade é dita na TV Americana. A filha de Billy Graham estava sendo entrevistada no Early Show e Jane Clayson perguntou a ela:
Como é que Deus teria permitido algo horroroso assim acontecer no dia 11 de setembro?

Anne Graham deu uma resposta profunda e sábia:

Eu creio que Deus ficou profundamente triste com o que aconteceu, tanto quanto nós. Por muitos anos temos dito para Deus não interferir em nossas escolhas, sair do nosso governo e sair de nossas vidas. Sendo um cavalheiro como Deus é, eu creio que Ele calmamente nos deixou.. Como poderemos esperar que Deus nos dê a sua bênção e a sua proteção se nós exigimos que Ele não se envolva mais conosco?

- À vista de tantos acontecimentos recentes; ataque dos terroristas, tiroteio nas escolas, etc... Eu creio que tudo começou desde que Madeline Murray O'hare (que foi assassinada), se queixou de que era impróprio se fazer oração nas escolas Americanas como se fazia tradicionalmente, e nós concordamos com a sua opinião.

Depois disso, alguém disse que seria melhor também não ler mais a Bíblia nas escolas... A Bíblia que nos ensina que não devemos matar, roubar e devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos. E nós concordamos com esse alguém.

Logo depois o Dr. Benjamin Spock disse que não deveríamos bater em nossos filhos quando eles se comportassem mal, porque suas personalidades em formação ficariam distorcidas e poderíamos prejudicar sua auto estima, (o filho dele se suicidou) e nós dissemos: 'Um perito nesse assunto deve saber o que está falando'. E então concordamos com ele.

Depois alguém disse que os professores e diretores das escolas não deveriam disciplinar nossos filhos quando se comportassem mal. Então foi decidido que nenhum professor poderia tocar nos alunos... (há diferença entre disciplinar e tocar).

Aí, alguém sugeriu que deveríamos deixar que nossas filhas fizessem aborto, se elas assim o quisessem. E nós aceitamos sem ao menos questionar.

Então foi dito que deveríamos dar aos nossos filhos tantas camisinhas quantas eles quisessem para que eles pudessem se divertir à vontade. E nós dissemos: 'Está bem!'

Então alguém sugeriu que imprimíssemos revistas com fotografias de mulheres nuas, e disséssemos que isto é uma coisa sadia e uma apreciação natural do corpo feminino.

Depois uma outra pessoa levou isso um passo mais adiante e publicou fotos de crianças nuas e foi mais além ainda, colocando-as à disposição da Internet. E nós dissemos: 'Está bem, isto é democracia, e eles têm o direito de ter liberdade de se expressar e fazer isso'.

Agora nós estamos nos perguntando por que nossos filhos não têm consciência e porque não sabem distinguir entre o bem e o mal, entre o certo e o errado, porque não lhes incomoda matar pessoas estranhas ou seus próprios colegas de classe ou a si próprios... Provavelmente, se nós analisarmos seriamente, iremos facilmente compreender: nós colhemos aquilo que semeamos!!!

Uma menina escreveu um bilhetinho para Deus: 'Senhor, por que não salvaste aquela criança na escola?'

A resposta dele: 'Querida, não me deixam entrar nas escolas!'

É triste como as pessoas simplesmente culpam a Deus e não entendem porque o mundo está indo a passos largos para o inferno.

É triste como cremos em tudo que os Jornais e a TV dizem, mas duvidamos do que a Bíblia, ou do que a sua religião, que você diz que segue, ensina..

É triste como todo mundo quer ir para o céu, desde que não precise crer, nem pensar ou dizer qualquer coisa que a Bíblia ensina. É triste como alguém diz: 'Eu creio em Deus', mas ainda assim segue a satanás, que por sinal, também 'crê' em Deus.

É engraçado como somos rápidos para julgar mas não queremos ser julgados!

Como podemos enviar centenas de piadas pelo e-mail, e elas se espalham como fogo, mas quando tentamos enviar algum e-mail falando de Deus, as pessoas têm medo de compartilhar e reenviá-los a outros!

É triste ver como o material imoral, obsceno e vulgar corre livremente na Internet, mas uma discussão pública a respeito de Deus é suprimida rapidamente na escola e no trabalho. É triste ver como as pessoas ficam inflamadas de Cristo no domingo, mas depois se transformam em cristãos invisíveis pelo resto da semana.

Você está achando engraçado? Você mesmo pode não querer reenviar esta mensagem a muitos de sua lista de endereços porque você não tem certeza a respeito de como a receberão, ou do que pensarão a seu respeito, por lhes ter enviado. Não é verdade?

Gozado que nós nos preocupamos mais com o que as outras pessoas pensam a nosso respeito do que com o que Deus pensa... 'Garanto que Ele, que enxerga tudo em nosso coração, está torcendo para que você, no seu livre arbítrio, envie estas palavras a outras pessoas'.

sábado, 1 de novembro de 2008

Conta e tempo

Dando Conta do Tempo

Um poema, um texto que já me fez refletir sobre meu tempo, e tenho que pensar mais no seu aproveitamento adequado para não me perder na vida, nos anseios, nas diversidades de ansiedades e desejos desnecessários.


Conta e tempo


Deus pede estrita conta de meu tempo
E eu vou, do meu tempo, dar-lhe conta;
Mas como dar, sem tempo, tanta conta,
Eu que gastei, sem conta, tanto tempo?

Para dar minha conta feita a tempo,
O tempo me foi dado e não fiz conta;
Não quis, sobrando tempo, fazer conta,
Hoje quero acertar conta e não há tempo.

Ó vos que tendes tempo sem ter conta,
Não gasteis o vosso tempo em passa-tempo;
Cuidai, enquanto é tempo, em vossa conta.

Pois aqueles que, sem conta, gastam tempo,
Quando o tempo chegar de prestar conta,
Chorarão, como eu, o não ter tempo.

Laurindo Rabelo

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Mãos dadas, de Carlos Drummond de Andrade

    Mãos dadas

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.

O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.


Autopsicografia, de Fernando Pessoa

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Livre-se do excesso

Muito Interessante esse texto e nos chama à atenção para aliviarmos nossas "cargas".

Sua casa, armários e despensa, e inclusive o carro, estão repletos de
caixas cheias de coisas que não servem mais para nada, mas que você
ainda guarda por via das dúvidas, ou estão transbordando de coisas que
não usa há muito tempo, até mesmo desde quando as comprou?

O estilo de vida consumista nos leva continuamente a comprar e acumular
cada vez mais coisas, mas, em vez de trazer felicidade, como prometem os
anúncios de publicidade e os vendedores, muitas vezes os objetos que nos
cercam, mas que não usamos, terminam complicando a vida.

"Menos é mais", diz um anônimo, mas sábio, ditado popular. A procura por
qualquer livro, documento, ferramenta ou um número de telefone pode ser
um desafio como encontrar uma agulha no palheiro quando o ambiente está
abarrotado de coisas.

Desfazer-se do que não é mais útil requer esforço, assim como escolher
que coisas ainda servem e quais não. Mas é só lembrar a satisfação de
quando se livrou de algo que pensava que nunca poderia jogar fora ou
dar. Foi como se tirasse um peso do coração!

É possível receber os benefícios sem antes deixar um vazio? Segundo a
especialista Dominique Loreau, autora do livro "L´art de La Simplicité"
(A arte da simplicidade), isso não só é possível, mas o ideal para levar
uma vida baseada na simplicidade e na beleza.

Ao longo de seus anos de vida e estudo da filosofia zen no Japão, Loreau
descobriu que a simplicidade enriquece a vida, liberando-a de
preconceitos e restrições, e pode se refletir em cada uma das facetas de
nossa existência.

Austeridade nas compras, simplicidade nas roupas, clareza nos
pensamentos, frugalidade na alimentação. A simplicidade consiste em ter
pouco para encontrar a liberdade de chegar ao essencial. Isso se traduz
em elegância, bem-estar, serenidade e beleza. Algumas propostas podem
ajudar a seguir esse caminho:


# Busque o minimalismo confortável: Sua casa deve ser um local de descanso
e refúgio, onde cada objeto deve ter sua utilidade. Faça uma lista do
que você realmente precisa e do que é simplesmente decorativo e não
serve para nada. Desfaça-se do que não tem serventia. Há elementos de
caráter emocional, como as fotos de familiares e amigos, mas não é
preciso abarrotar a casa com elas por todas as partes.
# Pense duas vezes antes de comprar alguma coisa: Quando for adquirir
algo, reflita por alguns instantes se realmente terá alguma utilidade ou
se está comprando puramente por questões estéticas.
# Fuja das modas passageiras: Em vez de encher o guarda-roupa (e esvaziar
os bolsos) com roupas que só vai vestir por um ano e depois sairá de
moda, escolha roupas de boa qualidade e que não ficarão defasadas
rapidamente, para que dure mais tempo. É preferível ter uma peça do que
três que estragarão após a primeira lavagem.
# Pergunte a si mesmo se precisa de alguma coisa: Antes de guardar alguma
coisa, pergunte-se: "por que estou guardando isso? Para que serve?". O
mesmo se aplica às coisas que você já tem guardadas: se chegar à
conclusão de que não servem mais, dê de presente ou se desfaça delas sem
remorso.


Por Daniel Galilea
Efe-Reportagens

Sugestões de Livros para apoio ao trabalho com Produção de Textos:

Posto aqui, sugestão de livros para auxiliá-lo no trabalho com leitura e Produção de Textos. São livros que trazem propostas valiosas. Talvez até já conheçam alguns deles.  

1. O texto na Sala de Aula. Autor: João Wanderley Geraldi. Ed. ASSOESTE. 
2. Escrever é Desvendar o Mundo (A Linguagem Criadora e o Pensamento Lógico. Autor: Severino Antônio M. Barbosa e Emília Amaral. Coleção Educar Aprendendo. Editora Papirus. 
3. Cem Aulas Sem Tédio - Língua Portuguesa. Autores: Antônio Falceta, Lígia Mathes, Vanessa amorim e Vivian Magalhães. Editora Instituto Padre Reus. 
4. Escrever é Divertido. Autor: Simão de Miranda. Papirus Editora. 
5. Oficina de Dinâmica de Grupos - Para Empresas, Escolas e Grupos Comunitários. Autor: Simão de Miranda. Papirus Editora. 
6.Do Fascínio do jogo à alegria de aprender nas séries iniciais. Autor: Simão de Miranda. Papirus Editora. 

Espero que lhes possam ser úteis.  

Um grande abraço.  

Saulo.

Desagravo a Paulo Freire

Carta a um amigo sobre a reportagem que se refere à ofensa a Paulo Freire e a resposta da viúva deste

 Escrito em 15/10/2008

Só hoje, dia 16/10 pude ler esta matéria, do texto abaixo, sobre a crítica a Paulo Freire, e  que você me enviou.  Agradeço muito.  E agradeço por saber que não estou só, pois me sinto um desprovido de propriedades pensantes quando pego de uma revista veja... coisa que no passado não ocorria, mas essa revistinha passou a atender aos interesses de oligárquicos e gêneros afins, aos quais ela se vende e de quem se apresenta como meio de comunicação e de perpetuação de misérias e mazelas.  Tudo que de bom é feito atualmente nesse país, se tiver uma conotação de  realização não neoliberal, em que pese uma nova realidade em que estamos vivendo (dizem que não há diferença nenhuma, e não há mais cor na ideologia... ótimo – então por que os questionamentos?).

Mas, a meu ver a elite quer destroçar tudo o que é e pode ser feito para valorizar o que se constrói em favor de classes menos favorecidas. Está aí, o caso de Paulo Freire... Puxa... quem ousa dizer mal e desfazer de Paulo Freire, ou é doido, nunca o leu (deve ser o caso dessas repórteres... ) ou somente ouviu falar (e mal) desse grande educador, que , atualmente, é traduzido em cerca de 30 países...

 Ou seja: Esses brasileiros(as) que se acham no direito de desprestigiar um de seus maiores representantes  da educação, só entende uma coisa: Esse países que o traduziram são loucos, malucos e só valorizam o que não presta, o que se joga fora...

 Quero dizer, então,  duas coisas:  em épocas diferentes me mantiveram vivo, alerta e disposto a me manter ainda mais na Educação e conservar vivo o meu sonho: Primeiro foram as leituras que fiz de Paulo Freire – suas idéias me contagiaram de início, no ano de 1987, e me fizeram ver que a Educação era algo vivo, e eu podia acreditar ainda mais no meu papel de Professor e Educador. Segundo, como forma de sobrevivência nesse mundo glo(bo)balizado – não tive escolha, a informática teve um papel importante para se estabelecer um ponte com o conhecimento armazenado e retransmitido a quantos o acessassem na internet, bem como outras formas de interação informatizadas.

Mas, o papel da informática nada vale, se não houver um interação, uma  compreensão de que estou interagindo com pessoas, e assim, revisito, releio, revivo, recobro, renasço e sobrevivo com as idéias de Paulo Freire, ao lembrar-me que a educação não deve ser "bancária", mas viva, participativa, interativa, e valorizada com a construção do conhecimento, coletivamente, dialogicamente, uma espécie de maiêutica socrática – metodologia esta que os jornalistas de feição  neoliberal e mercadejadora de Veja jamais irão perceber. A única coisa a que chamam de tese é o desafio de seus patrões de saírem às ruas e comprovar uma idéia, por exemplo, de que o Brasil teve o pior educador, ou que o Brasil vai mal, seja na Economia, seja na Educação.

Veja – para seus diretores, aliados dos poderosos (financeiramente), descendentes dos tiranos e da dinastia do "Café-com-Leite", hoje, na sua mais nova conformação de formato do "Latifúndio-com-Vaca-e-Estilo-Classe-Eco-A" (Classe Econômica Alta), não aceita jamais a idéia de que haja ascensão social neste Brasil, tão sofrido e que tanto tempo esperou por alguma melhora.

Com certeza, a Educação teria também que ser atacada por veja.... pois tudo o que é  povo, ela ataca.

Paulo Freire foi essa insígnia, esse símbolo maior da Educação que quis alcançar  o que muitos, neste País, não quiseram tocar.

 Grato pela mensagem e pela oportunidade de repensar e de me afirmar como Professor e como Educador – pois essa é uma das áreas de que mais se precisa de pessoas convictas neste País. Deus queira que surjam mais... Quanto a salário, diriam essas jornalistas, representando pessoas de mesmo quilate e de mesmo perfil: Professor não precisa de dinheiro....

 Ah, sim: Já deixei de ler Veja há umas duas décadas. Não encontro mais a alegria de ler notícias com gosto de coisas novas e de análise crítica e que contribuam para a minha reflexão e crescimento.

 Um grande abraço.

 Saulo A. Ferreira.

Professor da Secretaria de Estado de Educação do DF

 ----------------------------------------------------------------------------------------

VIÚVA DE PAULO FREIRE ESCREVE CARTA  DE REPÚDIO À REVISTA VEJA

 Atualizado em 12 de setembro de 2008 às 10:46 | Publicado em 12 de setembro de 2008 às 10:38

 por CONCEIÇÃO LEMES: Na edição de 20 de agosto de 2008, a revista Veja publicou a reportagem O que estão ensinando a ele? De autoria de Monica Weinberg e Camila Pereira , ela foi baseada em pesquisa sobre qualidade do ensino no Brasil. Lá pelas tantas há o seguinte trecho:

'Muitos professores brasileiros se encantam com personagens que em classe mereceriam um tratamento mais crítico, como o guerrilheiro argentino Che Guevara, que na pesquisa aparece com 86% de citações positivas, 14% de neutras e zero, nenhum ponto negativo. Ou idolatram personagens arcanos sem contribuição efetiva à civilização ocidental, como o educador Paulo Freire, autor de um método de doutrinação esquerdista disfarçado de alfabetização. Entre os professores ouvidos na pesquisa, Freire goleia o físico teórico alemão Albert Einstein, talvez o maior gênio da história da humanidade. Paulo Freire 29 x 6 Einstein. Só isso já seria evidência suficiente de que se está diante de uma distorção gigantesca das prioridades educacionais dos senhores docentes, de uma deformação no espaço-tempo tão poderosa, que talvez ajude a explicar o fato de eles viverem no passado'.

Curiosamente, entre os especialistas consultados está o filósofo Roberto Romano, professor da Unicamp. Ele é o autor de um artigo publicado na Folha, em 1990, cujo título é Ceausescu no Ibirapuera. Sem citar o Paulo Freire, ele fala do Paulo Freire. É uma tática de agredir sem assumir. Na época Paulo, era secretário de Educação da prefeita Luiza Erundina.

-----------------------------------------------------------------------------------------------
Diante disso a viúva de Paulo Freire, Nita, escreveu a seguinte carta de repúdio:

'Como educadora, historiadora, ex-professora da PUC e da Cátedra Paulo Freire e viúva do maior educador brasileiro PAULO FREIRE -- e um dos maiores de toda a história da humanidade --, quero registrar minha mais profunda indignação e repúdio ao tipo de jornalismo, que, a cada semana a revista VEJA oferece às pessoas ingênuas ou mal intencionadas de nosso país. Não a leio por princípio, mas ouço comentários sobre sua postura danosa através do jornalismo crítico. Não proclama sua opção em favor dos poderosos e endinheirados da direita, mas , camufladamente, age em nome do reacionarismo desta.

Esta vem sendo a constante desta revista desde longa data: enodoar pessoas as quais todos nós brasileiros deveríamos nos orgulhar. Paulo, que dedicou seus 75 anos de vida lutando por um Brasil melhor, mais bonito e mais justo, não é o único alvo deles. Nem esta é a primeira vez que o atacam. Quando da morte de meu marido, em 1997, o obituário da revista em questão não lamentou a sua morte, como fizeram todos os outros órgãos da imprensa escrita, falada e televisiva do mundo, apenas reproduziu parte de críticas anteriores a ele feitas.

A matéria publicada no n. 2074, de 20/08/08, conta, lamentavelmente com o apoio do filósofo Roberto Romano que escreve sobre ética, certamente em favor da ética do mercado, contra a ética da vida criada por Paulo. Esta não é, aliás, sua primeira investida sobre alguém que é conhecido no mundo por sua conduta ética verdadeiramente humanista.

Inadmissivelmente, a matéria é elaborada por duas mulheres, que, certamente para se sentirem e serem parceiras do "filósofo" e aceitas pelos neoliberais desvirtuam o papel do feminino na sociedade brasileira atual. Com linguagem grosseira, rasteira e irresponsável, elas se filiam à mesma linha de opção política do primeiro, falam em favor da ética do mercado, que tem como premissa miserabilizar os mais pobres e os mais fracos do mundo, embora para desgosto deles, estamos conseguindo, no Brasil, superar esse sonho macabro reacionário.

Superação realizada não só pela política federal de extinção da pobreza, mas , sobretudo pelo trabalho de meu marido - na qual esta política de distribuição da renda se baseou - que demonstrou ao mundo que todos e todas somos sujeitos da história e não apenas objeto dela. Nas 12 páginas, nas quais proliferam um civismo às avessas e a má apreensão da realidade, os participantes e as autoras da matéria dão continuidade às práticas autoritárias, fascistas, retrógradas da cata às bruxas dos anos 50 e da ótica de subversão encontrada em todo ato humanista no nefasto período da Ditadura Militar.

Para satisfazer parte da elite inescrupulosa e de uma classe média brasileira medíocre que tem a Veja como seu "Norte" e "Bíblia", esta matéria revela quase tão somente temerem as idéias de um homem humilde, que conheceu a fome dos nordestinos, e que na sua altivez e dignidade restaurou a esperança no Brasil. Apavorada com o que Paulo plantou, com sacrifício e inteligência, a Veja quer torná-lo insignificante e os e as que a fazem vendendo a sua força de trabalho, pensam que podem a qualquer custo, eliminar do espaço escolar o que há de mais importante na educação das crianças, jovens e adultos: o pensar e a formação da cidadania de todas as pessoas de nosso país, independentemente de sua classe social, etnia, gênero, idade ou religião.

Querendo diminuí-lo e ofendê-lo, contraditoriamente a revista Veja nos dá o direito de concluir que os pais, alunos e educadores escutaram a voz de Paulo, a validando e praticando. Portanto, a sociedade brasileira está no caminho certo para a construção da autêntica democracia. Querendo diminuí-lo e ofendê-lo, contraditoriamente a revista Veja nos dá o direito de proclamar que Paulo Freire Vive!

São Paulo, 11 de setembro de 2008

Ana Maria Araújo Freire'.

--------------------------------------------------------------------------------------- 
Comentário de um amigo, que também se sentiu chocado com a caluniosa reportagem:

 Não resisti a fazer o seguinte comentário:

Não costumo escrever-repassar críticas às reportagens produzidas pela revista Veja, até porque não assino e nem leio. Não gosto, nivela por baixo e padroniza a inteligência de seus leitores com sua habitual linguagem e "profundidade" na abordagem de temas mais delicados e polêmicos de uma forma ligeira. É quando a des-informação ocupa em nosso cérebro, confortavelmente, o espaço da ilusão da informação em seu sentido mais alienante. Na extensão de páginas e páginas, uma matéria pode parecer abarcar tudo mas, ao final, quase sempre, tudo tem o mesmo sabor igual e inócuo do imobilismo do pensamento e da ação. Não muda nada de susbstancial em nossas consciências e em nossa vda. A não ser tornar-nos mais passivos dessa informação, talvez este o seu objetivo. Schopenhauer disse que, quando lemos, o escritor já se deu ao trabalho de pensar por nós, apenas acompanhamos a posteriori um pensamento desenvolvido por ele. Concluo, então, que é melhor não ler pensamentos que, por princípio, forjaram-se ou na intenção deliberada de uma informação distorcida, ou na preguiça de um aprofundamento maior. Como quando vemos TV, o cérebro não funciona, mais que nada descança. Se não o estimulamos de outra forma, atrofia.

 

Até mesmos as colunas de frivolidades carecem dessa atenção e cuidado. Podem, inclusive, ascender a um grau de qualidade de informação que enriquece as notícias do mundo privado (das celebridades, por exemplo,algumas delas legítimas) tornando-as mais que curiosas para o mundo público, exemplares.

 

O mais importante, entretanto, é que a mídia se mantenha na posição de um mínimo de isenção e respeito às idéias divergentes, concedendo direito de voz a todos os lados acessíveis da questão e sendo escrupulosa na revisão de princípios e valores já sedimentados em nossa sócio-cultura. Não pode ser tendenciosa - pior quando ostensivamente - na defesa de uma idéia moral, política ou religiosa, em favor ou contra um governo, etc. Deve-se manter, na medida do possível, na linha divisória do discernimento necessário ao julgamento mais justo possível, ter - e demonstrar para seus leitores - seu cuidado com a veracidade e idoneidade da informação que veicula, suas fontes. O prestígio de revistas como The Economist, além da escolha de seus assuntos, também foi conquistado por essa preocupação de seus editores. Reservar espaço restrito em Cartas dos leitores a manifestações de indignação com o desrespeito a esse princípios não é suficiente. O crime da informação irresponsável já foi cometido.

 

Todas as denúncias contra a Veja que me chegam são de infração desses princípios por um veículo de informação que não mede esforços para colocar seus interesses - ou de quem quer que seja que os financie - acima do bem comum.

 

Infelizmente, recebi mais esta mensagem e fiquei indignado. Digo infelizmente porque se a Veja disse isso, deve estar pior - e mais perigosa - do que eu poderia imaginar! Uma matéria-lixo como essa, comentada a seguir, deveria ser alvo de repúdio nacional. Afinal, o espaço concedido pelo mercado à grande imprensa na difusão de fatos quando não há respeito e consideração pela legitimidade desses mesmos fatos, tampouco dignidade ética no trabalho jornalístico, ameaça nossa fé na própria liberdade de expressão. E este é o bem maior a se proteger e defender, depois de tantos anos de ditadura e males causados (com a indispensável ajuda da mídia) a pelo menos duas gerações da sociedade brasileira, que ainda nos custa tanto reparar.

Chega dessa imprensa imoral e despudorada.

 

terça-feira, 27 de maio de 2008

Minha Conversa na Sala de Coordenação com Professores: Por que Acreditar?

Estava passando em frente à Sala de Coordenação, em minha Escola, quando ouvi, alguém afirmando o seguinte (vou chamar de personagem 1, Personagem 2, e assim por diante para não identificar as pessoas presentes àquela conversa):
Personagem 1: Não dá pra aceitar um povo se achar escolhido de Deus e entender que é o melhor, e achar que só o seu Deus é o verdadeiro.
Senti vontade de participar da conversa.. Tomei ares de intruso e entrei.
- Com licença, desculpe-me pela intromissão, mas deixe-me dizer algo.... Nem sempre o que eu acho que é ou quero que seja, vai ser assim de fato, simplesmente porque eu quero que seja assim. Uma coisa é o que penso, outra é o que é de fato, objetivamente.
Personagem 1: Como assim?
Respondo:
Por exemplo: Você pode dizer que não há outros planetas, mas quando você toma um telescópio, você pode constatar que há outros planetas. Essa questão de falar de um povo de Deus pode passar também por isso, ou seja por fé... É necessário entender isso com outro enfoque.
Personagem 1: Ora, veja você: o homem vem da mesma origem. Não dá para dizer que um é melhor que o outro. O homem evolui e a teoria da evolução mostra isso...

Personagem 1 : Sim , o homem evoluiu desde suas origens, desde o macaco.... [ou algo assim...]
Personagem 2: Não se pode dizer que seja exatamente do macaco, é uma seqüência de fatos.
- Evolui de quê? Entendo que o homem foi criado, perfeito e tomou o seu caminho e se desorientou . Acredito no criacionismo [embora com suas implicações filosóficas, mas foi uma forma de me situar na discussão] , isto é, que Deus criou o homem.
Personagem 1: Então, você acredita que houve uma voz: Faça-se o homem.... e o homem foi criado?
Digo: Perfeitamente, não há como pensar em outra coisa, outro processo.
Personagem 1: Mas, colega, a teoria da evolução é clara. Antes, no início, veja aqui neste desenho [e começou a desenhar um par de pequenas lagartas ou larvas... ] – havia, por exemplo, duas pequenas lagartas, uma continuou com suas características, a outra foi evoluindo, evoluindo, adaptou-se ao meio, e veio a constituir a linha de seres que deu origem ao homem. Darwin e mais tarde, Mendel e outros, continuam trabalhando essa idéia. Os fatos são claros ...
-... Conheço essa historia....
Personagem 1: .... Então, veja: os fatos são claros, você não pode contestar essa evidência, não pode negar isso...
Adianto, então:
- Que fatos??? –- Que evidência???
Alguém, algum homem estava lá para ver isso, naquele momento, no momento do surgimento do mundo, algum cientista? Você viu isso?
Como você pode chamar isso de evidência? - pergunto.
Pelo que entendo, evidência é algo que se vê, é um fato. Não é uma mera história. Isso não é uma evidência.
Você acredita no evolucionismo como eu acredito no criacionismo, no fato de Deus ter criado, sim, o homem, o universo, tudo o mais. O Universo e o homem são frutos de uma vontade, de uma vontade pessoal de Deus.
Personagem 1: Não, que é isso?? Você está brincando com a ciência e com o que ela descobre.
Continuo: De jeito nenhum, entendo que a ciência é necessária, e também o conhecimento, mas até a verdadeira epistemologia (ciência do conhecimento) não pode aceitar isso como final. No exterior, as pessoas não aceitam a teoria da evolução como explicação final. Só aqui no Brasil, essa teoria é vista como verdade final. Coisa de gente tupiniquim.... – brinquei.
Personagem 2: Pela filosofia, Deus está presente em tudo, em nós... E nós somos de uma mesma natureza, o que está aí, é aquilo que se pode ver também em outros... E aí, até mesmo geneticamente, somos modificados por aquilo que comemos. Somos da mesma natureza dos objetos ao redor de nós. Por exemplo, se ingeri um vegetal, agora sou também vegetal...
Personagem 1: Sim, mas é isso mesmo... [diz esse colega, satisfeito, me pareceu, por ter sido acrescentada essa nova ilustração à discussão] - poderia ser outra coisa e estar aqui hoje... Eu poderia ser, por exemplo.. uma... uma... fruta!! [Risos e piadas] - Bem, vocês me entenderam... o que quis dizer... fui apenas infeliz nesse exemplo, talvez.
Comento: Bem, você [dirigindo-me à colega anterior que começou a citar exemplos filosóficos modernos...] quer dizer que ingeriu substâncias alimentares e orgânicas do vegetal, mas dizer que você é um vegetal, aí, é outra coisa...
Agora, entre ser alguém e ser uma fruta... tem muita diferença, não??
[alguns risos...]
Bem vocês estão apelando para o panteísmo e conclusões decorrentes dele... pois para essa corrente filosófica tudo é Deus e Deus é tudo ou está em tudo, algo assim.
Não posso concordar com isso. O homem não tem a mesma natureza de um animal nem é uma pedra.
Personagem 1: Por que não?
-Porque temos uma necessidade de significado e de sentido para a vida, um objetivo, um anseio, que uma pedra simplesmente não tem.
Se assim o fosse, não precisaria me preocupar com nada... nem com o respeito ao outro. Alguém poderia, por exemplo, pegar uma pedra e jogar em você, e não faria nenhuma diferença, se deixasse ou não de fazer isso. Assim, o homem, por exemplo, é diferente de uma pedra, pois esta não sente e o homem sente, sim.
Personagem 1: Por que você diz isso?
Respondo:
Ora, essa é a conclusão lógica dos seus pressupostos científicos e filosóficos que você me apresenta.
Professor 3: Como você pode dizer que um ser humano sente e uma pedra não sente?
Continuo:
Bem, nunca vi uma pedra reclamar de nada. Você já viu??? [silêncio...]
Personagem 2: Nietzsche dizia isso... [cita várias coisas...] e que a religião serve para justificar a fraqueza dos homens, aquilo que não consegue fazer.
Digo: Nietzsche foi um desesperado.
Personagem 1: Por que você disso de Nietzsche?
Respondo: Por que ele não encontrou o que procurava, não encontrou o equilíbrio, não teve esperança. A maioria dos filósofos, senão todos, procuravam respostas para a vida dentro de um círculo de racionalidade e não encontrou. E filosofia não deixa de ser isso, até dá pra entender que é a busca de respostas para problemas. Porém, nem todos os problemas têm resposta na filosofia. Mas justamente por causa dessa impossibilidade, muitos filósofos abandonaram a expectativa de encontrar uma esperança.
Personagem 2: Pois é os filósofos já diziam que o conhecimento é um processo.
Acrescento: sim, e é um processo interno. Assim, como Sócrates disse que o homem deve conhecer-se a si mesmo, e esse é o início de todo o conhecimento, Cristo também mostrou que o homem precisa conhecer-se, e mais que isso, precisa de uma mudança interna, a que Ele vai chamar de transformação ou arrependimento.

E aí, vêm outras perguntas, para testar, quem sabe, a paciência:
Personagem 1: Mas você não acha que existem também outros seres, ao lado do homem, no universo... ou você pensa que tudo isso aqui é só do homem?
Pensei rápido, e disse comigo mesmo: “não vou entrar nessa, pois essa é uma discussão interminável... vou deixar esse aspecto para outra hora... penso que por enquanto isso é o bastante...”. E disse:
- Sim, eu acho que existem outros seres, sim... e fiquei esperando que me perguntassem quais. Fiquei esperando e pergunta não veio. Entendi que deveria deixar assim, mas se viesse a pergunta, eu ia dizer: “Está cheio de seres invisíveis aí pelo espaço, que eu chamo de anjos... e há vários deles...” . Bem, isso poderia render muito mais.
Aguardei... e então:

Personagem 1: Pois é, eu acho terrível a idéia de alguém dizer: “Só o meu Deus salva, ou só nesse Deus alguém pode ter salvação”.
Personagem 2: É... eu também penso que não dá para alguém afirmar isso. Nem de dizer que já é salvo.
Essa já era uma outra idéia que entrava na discussão, não menos importante, mas também não me prendi à discussão desse quesito. Entendi que isso poderia ficar para uma outra hora, para entrar em detalhamentos, mas adiantei:
- Cuidado! Vocês não podem deixar que algo ou esses pensamentos tomem a mente de vocês lhes e tire uma oportunidade e os atrapalhem a experimentarem uma outra realidade. As coisas existem, há uma outra realidade a que o homem não pode ter acesso de uma só vez, nem só racionalmente. Shakespeare já dizia: há mistérios entre os céus e a terra que o homem não pode conhecer... – acrescentei, já que estavam sendo citados aspectos de filosofia.
Nisso, outra intervenção:
Personagem 3: Saulo, mas você pensa que o homem é o ser mais inteligente e o mais importante do planeta?
Respondi: Bem, depende de que ótica, de que ponto de vista você está perguntando. Em relação a quê? O homem é o mais inteligente. Por exemplo, o homem pode encarar animais maiores que ele, como o elefante, o leão etc. Ele tem como fazê-lo.
Personagem 3: E no mar, por exemplo... a baleia e outros animais?? Como você vê isso? Você acha que ele tem domínio sobre esses animais?
Respondi: Sim, o homem já domina algumas técnicas para se mover no mar.
Personagem 1: Não totalmente, ele não consegue ir até maiores profundidades. Só consegue ir até um certo ponto. Ele é limitado...
Continuo: Bem, aí você já está falando de aspectos que envolvem ambientes, ecossistemas, de um habitat natural de cada animal. Se você pega, por exemplo, o homem e o coloca no mar, ele pode não sobreviver em todas as circunstâncias.
Mas pegue, por exemplo, um animal marinho, um dos maiores, a baleia, um tubarão, e traga-o para a terra; também não vai sobreviver...
Cada um tem o seu habitat natural e o seu modo de vida.
Personagem 3: É, de fato, aí você tem razão... [sorrisos...}
Despedi-me dos colegas, e disse: obrigado pelo debate, foi muito bom. Outros acrescentaram:
É muito bom a gente conversar, nesse nível, discutindo e trocando idéias.


POST SCRIPTUM: MEU MANIFESTO

Gostaria de ressaltar que, após tudo isso, aquilo em que acredito. Creio que Deus é o criador de todo o universo e também aquele que criou o homem, “à sua imagem e semelhança” (Gênesis 1:26), mas o homem tomou o seu caminho e errou, transgrediu e desviou-se de todo o bem que lhe estava destinado. Acredito que Deus criara o homem para que este pudesse ter total estado de graça e felicidade junto com Deus. Assim, de nada adiantaria ao homem, decaído, propiciar o seu próprio resgate, pois se encontrava num estado de penúria e lástima, e todos os homens “pecaram e carecem da graça de Deus” (Romanos 3.23) e da sua presença, pois criou-se, assim, uma situação de distanciamento e sofrimento próprio, e pode-se ver, ainda nesse contexto, a afirmação de que “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23), não a morte física, simplesmente, que já é um dos resultados da transgressão e do pecado do homem, mas a morte como separação de Deus para sempre.
Por isso, Deus já tinha preparado uma solução para resolver o problema. Enviou o seu próprio Filho, Jesus Cristo, que sendo Deus, porque era da mesma natureza do Pai, e estava com o Pai, veio à Terra, Ele era a Luz, o “Verbo” comunicativo de Deus, (S. João 1.1), e veio trazer do conhecimento de Deus, e mostrar ao homem “um novo e vivo caminho” (Hebreus 10.20).
Este mesmo Jesus Cristo, “subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus, algo em que se devia apegar, antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo [servindo], tornando-se em semelhança de homens; reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Filipenses 2.6-8). Isso Jesus mostrou enquanto esteve na Terra, glorificando a Deus, fazendo somente a vontade do Pai, deixando a oportunidade de viver como um Deus, mas vivendo, sim, como um simples homem, enfrentando os mesmos problemas e dificuldades e tentações, e procurando cumprir toda a Lei e todas as determinações de Deus para o homem. Por isso é dito: “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hebreus 4.15), e também:
“Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo” (Hebreus 2.17). Dele, de Jesus cristo, também é dito que “não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano” (I Pedro 2.22).
Jesus Cristo, foi, então, a propiciação, o sacrifício vivo, de Deus, oferecido ao próprio Deus, para reparar o mal do homem. Jamais se pode dizer que Deus é injusto. Deus mesmo providenciou a reparação ao erro do homem, quando esse mesmo homem devia morrer e pagar pelos seus próprios pecados, por ter transgredido a Lei Moral de Deus, Lei essa que rege todas as coisas do Universo. Basta ver que, hoje, todas as coisas fugiram do seu curso natural: A Terra, o Universo, o Meio Ambiente, se acham em degeneração; o ecossistema todo padece, pois o homem na sua natureza perversa contamina tudo, seja intencionalmente ou não. Assim, a própria Ciência já percebeu que o dano é irreversível, conquanto tenta propor paliativos para remediar toda a crise. A Bíblia já diz isso de há muito tempo:
“Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou , na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. (Romanos. 8.19-22).
Jesus Cristo morreu, pagou, na cruz, o cruz, o pecado do homem. Ressuscitou ao terceiro dia, e, ressurreto, subiu aos céus e prepara-nos habitação, à todos aqueles que crêem nessa obra de redenção do homem.

Ora, Deus procura, já, no presente, estabelecer um Reino, com muitos filhos, semelhantes, em tudo a Jesus, com os princípios das bem-aventuranças, de pessoas que aceitem viver de acordo com essa vontade, em que Jesus Cristo seja o Primogênito dentre muitos irmãos,para Glória de Deus (Romanos 8.29), e que entenda que é necessário um novo nascimento, da água e do espírito (ou seja: adquire-se uma nova natureza espiritual e com propósitos – João 3.3 e 3.5).
Impossível?
Todos são chamados a buscar e a encontrar. É algo sobrenatural:
“Pedi e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-lhe-á” (Lucas 11.9-13).

Saulo A. Ferreira
Maio/2008

Visite meu Sítio: http://portalcursosdf.com